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Trancado porque me apetece por o meu feitio assim me leva para esse espaço, mal me acomodo a ele, logo me mentalizo que não pode ser por muito tempo, pois é perigoso, não quero que o vagão se mova, não quero que tome um rumo em que eu em nada o possa modificar.
O meu espaço de reflexão pode rapidamente tornar-se o pior local de tortura para mim próprio, rapidamente perco identidade, nome, rumo, e ate vontade, torno-me num corpo de numero ao peito, apenas me resta uma solução, que não deixe que me fechem a porta, que o abandone ao pequeno solavanco de aviso de que se vai mover, não posso me deixar ficar sentado nele, logo penso (salta , salta agarra-te com toda a força ao que te mantêm vivo, A realidade por mais que te magoe é fora deste espaço, vai salta. Inquilino ouve-te e ouve a mim , salta , salta ,não fico só , sou apenas o teu espaço de reflexão, mas também sou o teu pior inimigo interior , vai salta não penses mais voltarei para te albergar nas minhas tábuas as tuas costas , vai salta vou me mover para outro local onde me espera um alguém a querer trancar-se em mim...
De costa pregadas no alcatrão gelado já só vejo o azul de algodão e vozes, a quente tábua já só se vê ao fundo acompanhada pelos os traços que a orientam...
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